quinta-feira, 26 de novembro de 2009

"e o que era doce se acab..." peraí... era doce mesmo??

não sou de lamentar desilusões
apenas me sinto afetada por elas

mas quando alguém me desaponta
e, de repente, te faz rever todos os conceitos, todos os parâmetros, todos os desejos, todas as vontades
aí o meu racional não exerce tão bem o seu papel

e o não-dito, antes tão ansioso por realizar-se em seu contrário,
gera um mal-estar, ao se dar conta de sua irrelevância,
provoca ânsia, por se ver associado a algo que, na verdade, nunca existiu,
fruto de uma situação sustentada por atitudes
instaurando a idéia de que não é preciso dizer mesmo mais nada

em tempos de reviravoltas, nos quais nem o doce é mais doce,
nos quais você percebe que errou feio, passou longe
é que vale se empenhar pra realizar a receita verdadeiramente doce
da qual você provará somente ao lado de quem realmente merece

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Suspiro

é pensar como deve ser bom quando se baixar as armas
mas curtir as indiossincrasias e aflições do "ainda não",
do não saber o que dizer, havendo tanta coisa para ser dita


é esperar ansiosamente por um resposta da qual se teme
e se alegrar com cada sinal de "sim", interpretado de atitudes dúbias e tímidas


é lembrar da cara de felicidade quando dos momentos conjuntamente vividos,
dos suspiros compartilhados

é saber da impossibilidade do agora entre nós,
mas se alegrar por ter a esperança do amanhã para sonhar