quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

o meu futuro é esperar pelo presente de fazer o tempo engatinhar do jeito que eu sempre quis

Observo...

uma cidade que não para
pessoas que caminham, seguem suas vidas...

no degrau de um estabelecimento fechado
um homem prepara num pão o lanche para seu almoço,
enquanto o cachorro que passeia com o dono começa a farejar o sabor de sua comida

Adolescentes prostrados em frente aos muros de uma escola
em seu torpor e formas de agir típicos

rotinas e exceções, novos passos e execuções
nos traços da cidade inquieta

Essa cidade reflete quem sou, o que sinto...
Em meio a tantos acontecimentos minúsculos
cheios de singularidades
anseio pelo tempo que possa ser meu
só para que eu possa desfrutar da minha reflexão
de tudo que parece fútil e sem sentido...

e que a pressa de esperar
pelo que vai acontecer
e querer fazer as coisas acontecerem
possa ser substituída pelo desenrolar natural dos acontecimentos
sem o êxtase do momento,
mas com uma felicidade tranquila
capaz de amolecer qualquer tensão.

SP, 10/02/2011 Angústia