quarta-feira, 21 de abril de 2010

2 caminhos. E quantas estradas?

Caminhos que um dia se separaram voltam hoje a se encontrar,
e como que por acaso se descobrem paralelos às vezes, contrários em outras.
A estrado em comum, chega às vezes parecer mero acaso do destino,
mas não acredito em acasos, prefiro crer que estes dois caminhos ainda tem que passar por um bocado de paisagens, obstáculos e provações juntos, para que ambos aprendam e continuem a seguir por aí estradas afora.

É assim que eu vejo uma série de locais passíveis de visitação,
imagino trilhas conjuntas, que tenho certeza que dariam certo,
mas aí lembro que os dois caminhos são muto diferentes
e que jamais vão seguir o traçado que eu imagino, mesmo que possa ser bom.

Tento entender como é possível então que estes dois caminhos ainda corram juntos para certos sentidos. É como se fosse mesmo pra ser, mas não sei... O que está faltando afinal? Talvez só mais experiências em conjunto possam revelar.

Mas e se um dos caminhos resolver desviar da rota? Qual seria o sentido e a vantagem deste desvio, de um não estar disposto a estar disposto a definir o sentido deste traçado conjunto? Ou seria o traçado deste sentido conjunto? Perderia ele muita coisa? Deixaria de aprender outras tantas?

Qual é a parte da estrada de um no caminho do outro?

segunda-feira, 5 de abril de 2010

lugar en tu almohada

Se só fosse possível repousar em teu peito,
sem precisar buscar palavras, pedir beijos, lutar por um sentimento que já está lá...
e sorrir pela alegria de contemplar os sorrisos
sem sentir vontade de explicar o porquê de tudo isso...

sábado, 3 de abril de 2010

Neurose explicativa, analítica e de julgamento

Depois que parei de acreditar em tuas propostas,
ficou difícil acreditar no meu próprio desejo.

Mesmo assim, ainda sinto falta de um movimento que contradiza
todas as minhas certezas momentâneas e que, paradoxalmente,
confirme todas as minhas vontades secretas.

como se tratasse de uma história mal contada,
como um daqueles artifícios que os autores utilizam
para nos prender ainda mais ao texto e que,
de alguma forma, nos fornecem a certeza
de que ainda há algo por vir,
pois tudo o que passou foi mero recurso
para que se chegue ao ápice da história com mais vontade.

Mas o livro da vida não circunscreve uma história linear de encontros e desencontros.
Às vezes, as reduz a meros papeletes de histórias minúsculas,
cujo sentido nunca poderemos entender, apenas lembrar os sentimentos que mobilizam.
Nestas, não há personagens principais, aqueles que seguem conosco por toda a trama,
e sim, personganes que vão e vêm, chegam e partem, incessantemente.