quarta-feira, 18 de maio de 2011

Descolamento de mim

O que sinto é uma espécie de desolação da ausência
Ausência de um não sei quê que me falta, que me dá vida, que me faz respirar
Que me faz sentir verdadeiramente eu
Olho para mim e não me reconheço. Como se a chama estivesse bem baixa
Meu sorriso parece falso, minhas ações são vazias e, por mais que tenham uma forma e um fim, não carregam minha essência
Os acontecimentos se desdobram diante dos meus olhos. Alguns me comovem, consigo perceber as diferentes emoções contidas em alguns deles. Mas é como eu assistisse a tudo apartada de todos.
Não consigo ver o sentido em muitas coisas, a única coisa em que consigo projetar algum tipo de expectativa não é real, pois a imagino como acontecendo automaticamente – uma ação provocada naturalmente, sem qualquer relação com um possível desdobramento a alguma ação minha. Mas sei que estou tão afastada de mim mesmo que nem isso seria bom, se acontecesse agora...
Estou mais calada e pensativa do que de costume. Só consigo ficar ouvindo música, lendo... o silêncio e o não fazer nada me incomodam. Tenho sono quando eles acontecem...

Domingo, 15/05/2011. Chuva e frio.

sábado, 7 de maio de 2011

Re... -vendo; -moendo; -pensando; -escrevendo

Nota incial: não é fácil voltar a escrever sobre algo que um dia já te deu tanta inspiração...

[Voltar a aquele relicário, que estava incompleto e que eu havia desistido de fazer... pois bem ou mal sinalizava a incompletude de tudo o que havia ocorrido. Voltar a ele era mais sofrido do que começar a escrever sobre qualquer outro sofrimento latente, mas novo. Sim, porque o ato de não-novidade fazia com que me remetesse às emoções vividas e a seu resultado e, depois ao que eu havia decidido fazer: jogar tudo fora, após inúmeras tentativas frustradas de dotar de sentido o que havia sido vivido e sentido...

Mas eis que o que não havia morrido de fato em mim ressurge inesperadamente e aí surge a necessidade de dar sentido ao novo ... para isso, nada mais justo de retomar o ponto do qual se havia parado! Só que agora é mais diferente. Olho o sofrimento à distância, continuo sem compreendê-lo, sem achá-lo legítimo. Penso que deve ser por culpa minha, minha incapacidade de controlar meus pensamentos que me faz sofrer mais do que devia de fato. E que as coisas são mais simples do que tudo isso que elaborei. Só que ao mesmo tempo me dou ao luxo de querer sentir certas coisas... coisas pautadas de uma forma diferente agora, porque querem justamente evitar sofrimentos desnecessários]...

Tem como sentir sem sofrer?

não entendo por que tem que ser assim...

O meu comportamento, o seu afastamento
O seu desdém completo, a minha esperança
A minha dor interna., o seu simpels desmerecer
A conexão cortada, a deseimportância disso
O tempo contado, olhando pra trás
O viver descompromissado, a importância dada a outros tão desimportantes
Um dia como qualquer outro, uma pessoa nem um pouco especial
A negação mais completa de tudo o que aprecia fazer sentido