segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Carta aos 28

E assim vocês se foram... Mais um ano.
E que bom que descobri no último dia de vocês que eu sou a dona da história. E que isto significa ter o controle do tempo - não de todo o tempo do mundo, mas do tempo que eu quiser.

A vida como aquarela: o vai e vem dos movimentos, arranjos e rearranjos. E eu com um lápis para eu desenhar o que eu quiser. E com o guarda-chuva nas mãos. Não mais o medo da chuva, eu sempre levo o guarda-chuva.

Eu soube, ao longo destes anos todos, prevenir-me e também levar, para além do guarda-chuva, um lápis para comigo. Para eu desenhar o que for preciso para me proteger e escapar dos perigos.

Não gostou, fale. Essa é a lição que eu levo. Sem tê-la clara, fui capaz de conhecer o lado mais obscuro e sombrio de mim mesma. E não gostei. Estou falando agora.

Eu quero o arco-íris. Eu quero todas as coisas que eu quiser pintar. Um colorir para a minha vida. Chega de cinzas.

Voltar a dançar. Na chuva e no sol. Não há mais nada além disso. É desse colorir e descolorir que a vida é feita. Para os 29, quero muita cor.