quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Com-partilhar

É possível sentir saudades de quem a gente mal conhece?
Como se explica a vontade sem tamanho de ser pessoa próxima de alguém?
De saber dos detalhes da vida, do que acontece, de como pensa, sobre o que pensa, do que ri, do que chora, por que se ilude, como se distrai, quais são os problemas pelos quais passa...

Mais do que vontade... necessidade... porque é como se a sua vida precisasse das histórias, dos dilemas da vida da outra pessoa para poder seguir seu rumo, viver suas próprias histórias, resolver seus próprios dilemas.

Como se, na verdade, essas vidas se conversassem há tempos, quando contávamos a nós mesmos os nossos casos, mas só agora puderam se conhecer pessoalmente e compartilhar

E não há dúvida que dilua essa certeza
que mais do que intrigar, revela o quão inevitável é o querer,
o sentir que vem de não sei onde, de não sei quando, mas que se concretiza
após cada gesto e olhar de cumplicidade,
compondo um espectro energético que nos alimenta interiormente,
traçando uma composição perfeita, no qual linhas e curvas dividem caminhos,
pontos e linhas viram figuras bonitas ao se somarem.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Re-encontros

não sei como nem por quê
dessas coisas que acontecem, que a gente espera, mas não calcula
que no fundo a gente já sabe... que vão acontecer...

volta quem tinha se afastado
reencontram-se aqueles que haviam se perdido
e re-conhecem-se aqueles que mal haviam se conhecido

e tudo isso já não me causa espanto, apenas alegria
em saber que os meus encontros fatídicos nunca são em vão
que as conversas profundas chegam na hora certa
para alegrar minha alma e meu coração,
para me convencer de que estou no caminho certo
na minha evolução
e que tenho muita sorte pelas pessoas que são minhas irmãs

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Pra manter ou mudar

Toda escolha é uma porção de mim
Porque reflete quem eu sou e do que sou feita
Por isso, a inconstância do querer me deixa assim...
cheia de conflitos existenciais internos

Penso, repenso e me pergunto
se tudo o que passou não teve outro papel que não a experiência
e se nunca vai significar nada...

Pra que temer?
Na hora de decidir
As coisas que são pra manter ou mudar?

domingo, 28 de novembro de 2010

Apelo

Não quero nada do que é seu de volta
Nem sinto saudades de todo este tempo que passei junto com meus sentimentos...
prestes a explodir, vendo-os dia após dia serem tirados e recolocados em seus devidos lugares: na minha cabeça e no meu coração...

Chega uma hora em que é preciso enterrar esse amor guardado dentro de nós, que se torna assassino pouco a pouco se não o libertamos...

Então, como um milagre do tempo, passei a encarar a verdade e consegui finalmente considerar tudo aquilo que aconteceu entre nós como algo que merece ser considerado em suas devidas proporções

O que poderia ter sido e não foi nao cabe nessas considerações...
Agora tá tudo jogado fora, nem foi preciso criar a caixa de pandora...

Agora que consegui ser sincera comigo mesma, faço um apelo: seja-o também
pense, repense
pois dá pra ver que você não está feliz

Não precisa me mandar a resposta.

domingo, 31 de outubro de 2010

relicário

enquanto vênus continua retrógrado
e a lua ainda é minguante
vou ver se consigo juntar numa caixinha tudo que você me deu...

todas as lembranças reais ou imaginárias
que me fazem oscilar entre o bem e o mal me quer

quem sabe um dia eu te entrego...

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

tic tic tum no meu coração

quero sol, quero sal, quero mar... quero ouvir a brisa soprando e o meu coração cantando a canção da minha liberdade

mas esse coração também batuca uma canção de amor...
uma canção que fala de saudade e que faz bater meu peito mais forte...
toda vez que as lembranças de um bem invadem a minha mente...

Lembranças misturadas ao desejo em novos sonhos se recompõem
e me fazem crer que talvez não seja tarde para recomeçar...
e que não é injusto correr atrás da própria felicidade,
mesmo quando ela aparente já estar bem longe, com quem se quer...

Pois quem foi pode voltar... e quem ficou, pode ir até lá...
dar uma espiadinha, bater na porta, mostrar o sorriso e abrir o coração
ver e sentir o que se passa do outro lado, dentro do peito de outrem...

Beijos, fogos, explosões de felicidade
{ROMA} – AMOR – {NCE}

domingo, 3 de outubro de 2010

Sem nada

Não há vontade de buscar encontros ocasionais quando a certeza de já se haver encontrado o que se busca é latente

pena que essa certeza às vezes chegue um pouco atrasada, ou somos nós que demoramos a perceber... a elaborar tudo o que vem acontecendo em termos de sentimentos...

deve ser por isso que é tão difícil querer explicar o que os sentimentos significam. Porque eles só significam quando significam dentro da gente - e quando comunicamos esse signifcado aos outros.

Hoje eu sei que estou disposta a estar disposta, mas depois de ter desperdiçado inúmeras chances, depois de ter gerido afetos, colocando os sentimentos dentro de uma gaveta sem nome, sem definição, largados como se não tivessem a menor importância...

hoje, não sei o que resta...
nem sei definir o que sinto
atração e repulsa; tenntação e medo; afeto e raiva misturam-se no limbo dos meus pensamentos cotidianos que torço para que se transformem em algo mais florido a partir de uma reviravolta no movimento do encontros que se desencontram e que se reencontram

domingo, 15 de agosto de 2010

Revelação

De repente, tudo fez sentido
Minha vida, meus caminhos, meus erros e acertos
Nada mais era condenável, pois tudo tornou-se uma ponte
para que eu chegasse aonde cheguei e olhasse para trás
Com esse sentimento de tranqüilidade,
Para que, sem pressa, pudesse começar de fato a trilhar novos caminhos
A viver novas emoções
Sem angústia por um momento que não chegava, por um sentimento que não despertava, por uma oportunidade que não aparecia
Em meio ao desejo e à crença
Em um todo maior,
Cheio de sentido
Que só se explica no momento oportuno
Quando a conjunção de corpo, mente e espírito ocorre,
passei a encarar meu destino
imbricado numa teia de relações que estão muito além do hoje,
pelas quais já não anseio desesperadamente
nem temo sua não realização,
pois sei que chegou a hora
Acerto de contas
Passado, presente e futuro

domingo, 18 de julho de 2010

Não dá mais pra ser metade do inteiro que eu sinto

Qual é a sua essência?

Com o que você se preocupa de fato?

Como você encara a vida? E o que você quer dela?

Qual a sua fé?

Às vezes é necessário colocar tudo isso no papel e parar para pensar...
Pensar no que já temos, no que conseguimos alcançar...
Às vezes, tudo parece tão difícil, mas...

De repetente, a gente consegue aquilo que tanto almejava
E vê que quer mais, que quer diferente
Que quer comida, diversão e arte
E amor...

E aí, vê que o brilho da lua, poder olhar o azul do céu durante o dia, da falta de pressa pra certas coisas e ter tempo pra jogar conversa fora são mais importantes na sua vida do que você imaginava

E que você não é nada ambiciosa para certas coisas
Você é até simplória demais...

Porque gosta de poesia, músicas raras, do silêncio da madrugada, do vento da noite estrelada, do calor dos raios de sol no meio da tarde, do som dos atabaques, de admirar a arte cotidiana daqueles mais simples, de dar risada à toa, de inventar e imaginar histórias...

E que não conseguiria morrer feliz sem suas viagens e situações inusitadas, sem o pôr-do-sol na praia ao lado daquela pessoa especial, sem um baile cheio das músicas que você adora dançar, sem conversas filosóficas sobre o mundo e seus pesares com pessoas como você, sem uma noite inesquecível sob a luz da lua e das estrelas...

Pois é isso que satisfaz o que você precisa... e não o resto

Minha felicidade é feita de coisas menos palpáveis do que se imagina e mais cheias de significado para pessoas como eu, que precisam de troca com o mundo, com a natureza, com a opinião dos outros, com risadas e tristezas, com beijos, abraços e silêncios...

E daí você vê que falta muito.... você olha pra trás, quando tinha mais ou menos seus 16 anos... e percebe que você continua fiel ao que você sempre acreditou...
E que não vai ser agora, quando você tem a chance de fazer diferente – mas jogando tudo isso pro alto – que você vai mudar

Pois você não quer...
acomodar com o que incomoda

quinta-feira, 15 de julho de 2010

só eu, só isso...

encontros, esbarrões, separações
a vida segue pela cidade
em cartas, frases, desencontros, compromissos marcados e desmarcados
estilhaços de sentimentos espalhados, tristeza, solidão e sofrimento
que se fazem relembrar em alguns gestos desorientados
recordações de fases do sentir, que retornam a cada cena observada,
a cada linha lida de trechos de jornal, que agora se desfiguram ao se molhar
lágrimas que se misturam aos pingos da chuva
inverno dentro de mim

domingo, 4 de julho de 2010

Alteridade não resolvida

Às vezes sinto que não me encaixo em grupo nenhum. Que meu destino será sempre este – ser a estranha em qualquer lugar que eu me situar. Nunca estarei totalmente à vontade, sentindo-me 100% parte daquilo. Porque parte de mim já não sei mais daonde é, sei que é de bem longe, de um tempo que nem eu consigo me lembrar, mas que me dá uma sensação boa, de frio na barriga e me faz sentir especial quando tento me remeter a ele.

É estranho como sempre gostei de ter contato com os grupos “out”. Eu nunca quis ser “in”, sempre achei muito chato e sem graça. O que me atrai é o desvio, o diferente, a possibilidade de criar o novo e mostrar ao “in” que o “out” é muito mais do que ele. Talvez porque venha mesmo do “out” a possibilidade de transformação, por menor que ela seja.
Só que nessa brincadeira de alteridade, você às vezes acaba sem saber direito quem você é e o que você quer...


Sei que o importante é buscar o equilíbrio, coisa que é difícil para mim... sempre gostei de excessos e quando uma coisa que gosto muito começa, é difícil querer parar... muita música, muito risada, muita conversa, muita comida, muita bebida, muitos beijos. E quando estou no fundo do poço também. É preciso algo muito forte para poder me tirar de lá.
Mas é engraçado como essas pessoas às quais eu me ligo também são “out”. cada uma, a seu modo, não está satisfeita com o seu caminho percorrido, com o seu atual lugar no mundo. Sonham em melhorá-lo, em fazer algo por elas mesmas, mas que contribua para a mudança da situação.

Sonham, como eu, em largar tudo, sair por aí, pagar pra ver no que vai dar, vivendo da maneira que o momento proporcionar. E por que não nos juntamos e fazemos isso? Eu acho que se todos nós jogássemos nossos medos e receios no lixo e partíssemos pra vida com toda essa nossa vontade, formaríamos juntos um movimento “out” capaz de realmente fazer a diferença nesse mundo vendido.

sábado, 5 de junho de 2010

Labirinto

"... e a menina corria por entre os corredores, entrava à direita, ia até o fundo, encontrava um vaso com uma plantinha e era o fim daquele caminho. Voltava para trás e recomeçava a brincar de se perder e se encontrar..."

Nem sempre é ruim a gente estar perdido.
Ou melhor, perdido não, estar em meio a um labirinto,
aonde todas as entradas darão em algum lugar.
A gente pode experimentar à vontade aonde cada corredor vai dar.
Ao topar com o fim de um caminho, podemos voltar para trás, recomeçar;
"errar" quantas vezes quiser,
até achar um dos caminhos "certos", que nos levem ao final do labirinto.
E, achando o final, podemos entrar novamente no labirinto,
pela saída ou por outra entrada, para tentar descobrir ourto caminho possível.

O ruim é quando estamos sendo perseguidos no interior deste labirinto por algum monstro, que pode estar escondido em qualquer canto, em qualquer virada.

Isso nos dá uma aflição de querer achar a saída o mais rápido possível e nos tira o raciocínio, pois só tememos topar com o que parece ser capaz de nos devorar lá dentro da confusão toda.

Mas um labirinto sem monstros e sem sustos não seria um labirinto.
E o que torna o sentimento de vitória ao se achar uma saída é a certeza de que fomos mais fortes do que os monstros do labirinto, matando-os, ou fugingo deles coma esperteza e a cautela que levamos conosco.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

2 caminhos. E quantas estradas?

Caminhos que um dia se separaram voltam hoje a se encontrar,
e como que por acaso se descobrem paralelos às vezes, contrários em outras.
A estrado em comum, chega às vezes parecer mero acaso do destino,
mas não acredito em acasos, prefiro crer que estes dois caminhos ainda tem que passar por um bocado de paisagens, obstáculos e provações juntos, para que ambos aprendam e continuem a seguir por aí estradas afora.

É assim que eu vejo uma série de locais passíveis de visitação,
imagino trilhas conjuntas, que tenho certeza que dariam certo,
mas aí lembro que os dois caminhos são muto diferentes
e que jamais vão seguir o traçado que eu imagino, mesmo que possa ser bom.

Tento entender como é possível então que estes dois caminhos ainda corram juntos para certos sentidos. É como se fosse mesmo pra ser, mas não sei... O que está faltando afinal? Talvez só mais experiências em conjunto possam revelar.

Mas e se um dos caminhos resolver desviar da rota? Qual seria o sentido e a vantagem deste desvio, de um não estar disposto a estar disposto a definir o sentido deste traçado conjunto? Ou seria o traçado deste sentido conjunto? Perderia ele muita coisa? Deixaria de aprender outras tantas?

Qual é a parte da estrada de um no caminho do outro?

segunda-feira, 5 de abril de 2010

lugar en tu almohada

Se só fosse possível repousar em teu peito,
sem precisar buscar palavras, pedir beijos, lutar por um sentimento que já está lá...
e sorrir pela alegria de contemplar os sorrisos
sem sentir vontade de explicar o porquê de tudo isso...

sábado, 3 de abril de 2010

Neurose explicativa, analítica e de julgamento

Depois que parei de acreditar em tuas propostas,
ficou difícil acreditar no meu próprio desejo.

Mesmo assim, ainda sinto falta de um movimento que contradiza
todas as minhas certezas momentâneas e que, paradoxalmente,
confirme todas as minhas vontades secretas.

como se tratasse de uma história mal contada,
como um daqueles artifícios que os autores utilizam
para nos prender ainda mais ao texto e que,
de alguma forma, nos fornecem a certeza
de que ainda há algo por vir,
pois tudo o que passou foi mero recurso
para que se chegue ao ápice da história com mais vontade.

Mas o livro da vida não circunscreve uma história linear de encontros e desencontros.
Às vezes, as reduz a meros papeletes de histórias minúsculas,
cujo sentido nunca poderemos entender, apenas lembrar os sentimentos que mobilizam.
Nestas, não há personagens principais, aqueles que seguem conosco por toda a trama,
e sim, personganes que vão e vêm, chegam e partem, incessantemente.

sexta-feira, 5 de março de 2010

na estrada de hoje

Hoje eu não quero ouvir nenhuma história sobre um amor que deu certo,
nenhuma opinião a respeito de como levar a vida, de modo a ser o mais feliz possível,
nenhuma ajuda para sair do fundo dos meus pensamentos mais subterrâneos

quero apenas continuar caminhando, em meio a flores e espinhos,
tirando as pedras do caminho, uma a uma,
de forma a poder construir castelos, pontes, torres e estradas,
cultivando sentimentos profundos ao lado daqueles que aparecem no caminho.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Pois pensamentos inúteis nao servem pra nada.

Mexo, remexo sites da Internet,
abro e fecho a mesma janela várias vezes,
tento ler parágrafos de livros, notícias,
começo tarefas inacabadas,
à procura de uma novidade que me alheie de meus pensamentos.

Mas não adianta fugir de mim mesma, da ideia que bate e rebate em minha mente,
do sentimento de solidão e da falta de coragem de empreender algo sozinha.
Talvez coragem não seja a palavra certa. Trata-se mais de um desânimo em saber que ainda estou engatinhando com relação às sociabilidades.

É interessante como isto me causa mais vontade ainda de me fechar para o mundo,
como se não bastasse a situação que me prende em apuros.

Eu gosto da solidão. Mas às vezes o mundo te mostra que não falta nada.
O que falta é você, se abrir mais para ele, saltar a janela e ir a seu encontro.

E quando já tiver tudo misturado – sua vida, o mundo, as pessoas – e você não sentir mais vontade de separá-los, é que aí você pode ser pego de surpresa.

Ao querer reservar um tempo para pensar nas suas coisas, ao viajar com expectativas que não tem sentido, a não ser na sua cabeça, perceberá como estes momentos serão felizmente interrompidos pela presença dos outros em sua vida.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Retrato de uma terça de carnaval: entre o visto e o apreendido

À procura de uns sambas, topei com uma senhora - austera, imponente, mas aberta a perguntas. Era só chegar com jeito e começar a conversar para aquela austeridade toda se dissolver e se reverter em outra coisa.

Foi assim que comecei a viajar... percorrer suas ruas - as veias de suas entranhas, - reparar nos detalhes de seus prédios cuja diferença explícita compõe em seu conjunto uma paisagem lógica, com sentido, mas nem sempre tão compreensível para quem olha de longe, à primeira vista. Era como numa hipnose - quanto mais procurava entender o que estava vendo e achar o meu destino, mais me perdia e me fascinava com os labirintos que se formavam a minha frente. Até que desisti e me entreguei aos caprichos dos caminhos. Seriam eles que me conduziriam daqui pra frente - não qualquer caminho, mas aqueles que mexiam com meus sentidos, coisas que eu nem sei explicar como e por que.

E do mistério nasceu a sensação de que nesta cidade, como na vida, não basta saber, conhecer e seguir o que este conhecimento ou a experiência te diz. O interessante é se deixar levar pelo desconhecido (sim, aquela força que parece magnética, mas sem muita explicação física, mas sim energética), seguir aquilo que nos atrai e ver como isso se relaciona com o nosso contexto já pronto para criar uma outra realidade.

Agora, sei que saí, não buscando o carnaval, mas sim tentando retomar esses meus sentimentos mais curiosos, mais profundos por algo que ainda não sei bem o que e como é, mas que é preciso explorar para poder significar.

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E no samba fez-se a alegria,
o convite da fantasia
sem querer, revelou-se a mim
que mal sabia, mas queria mesmo assim

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Eparrei!

Um raio de sol,
um sopro do vento,
quem é a senhora
que é dona do tempo?

uma borboleta
a trouxe até mim
mensagens, recados e revelações
com eles, verdade o que eu sempre senti
inundando de amor o meu coração

Amor sem igual, sem tamanho,
sem nome e sem fim
gratidão por ter ao meu lado
uma companheira assim
"senhora do mundo dentro de mim"

E logo compreendi
que sua força também é a minha
e que meu bailado é parte do seu
sozinha nunca estarei
pois tenho a força que ela me deu

tempestades passarão,
mas não me farão pestanejar
sou muito protegida
pela minha mãe oyá.

Fé(licidade)