Qual é a sua essência?
Com o que você se preocupa de fato?
Como você encara a vida? E o que você quer dela?
Qual a sua fé?
Às vezes é necessário colocar tudo isso no papel e parar para pensar...
Pensar no que já temos, no que conseguimos alcançar...
Às vezes, tudo parece tão difícil, mas...
De repetente, a gente consegue aquilo que tanto almejava
E vê que quer mais, que quer diferente
Que quer comida, diversão e arte
E amor...
E aí, vê que o brilho da lua, poder olhar o azul do céu durante o dia, da falta de pressa pra certas coisas e ter tempo pra jogar conversa fora são mais importantes na sua vida do que você imaginava
E que você não é nada ambiciosa para certas coisas
Você é até simplória demais...
Porque gosta de poesia, músicas raras, do silêncio da madrugada, do vento da noite estrelada, do calor dos raios de sol no meio da tarde, do som dos atabaques, de admirar a arte cotidiana daqueles mais simples, de dar risada à toa, de inventar e imaginar histórias...
E que não conseguiria morrer feliz sem suas viagens e situações inusitadas, sem o pôr-do-sol na praia ao lado daquela pessoa especial, sem um baile cheio das músicas que você adora dançar, sem conversas filosóficas sobre o mundo e seus pesares com pessoas como você, sem uma noite inesquecível sob a luz da lua e das estrelas...
Pois é isso que satisfaz o que você precisa... e não o resto
Minha felicidade é feita de coisas menos palpáveis do que se imagina e mais cheias de significado para pessoas como eu, que precisam de troca com o mundo, com a natureza, com a opinião dos outros, com risadas e tristezas, com beijos, abraços e silêncios...
E daí você vê que falta muito.... você olha pra trás, quando tinha mais ou menos seus 16 anos... e percebe que você continua fiel ao que você sempre acreditou...
E que não vai ser agora, quando você tem a chance de fazer diferente – mas jogando tudo isso pro alto – que você vai mudar
Pois você não quer...
acomodar com o que incomoda
domingo, 18 de julho de 2010
quinta-feira, 15 de julho de 2010
só eu, só isso...
encontros, esbarrões, separações
a vida segue pela cidade
em cartas, frases, desencontros, compromissos marcados e desmarcados
estilhaços de sentimentos espalhados, tristeza, solidão e sofrimento
que se fazem relembrar em alguns gestos desorientados
recordações de fases do sentir, que retornam a cada cena observada,
a cada linha lida de trechos de jornal, que agora se desfiguram ao se molhar
lágrimas que se misturam aos pingos da chuva
inverno dentro de mim
a vida segue pela cidade
em cartas, frases, desencontros, compromissos marcados e desmarcados
estilhaços de sentimentos espalhados, tristeza, solidão e sofrimento
que se fazem relembrar em alguns gestos desorientados
recordações de fases do sentir, que retornam a cada cena observada,
a cada linha lida de trechos de jornal, que agora se desfiguram ao se molhar
lágrimas que se misturam aos pingos da chuva
inverno dentro de mim
domingo, 4 de julho de 2010
Alteridade não resolvida
Às vezes sinto que não me encaixo em grupo nenhum. Que meu destino será sempre este – ser a estranha em qualquer lugar que eu me situar. Nunca estarei totalmente à vontade, sentindo-me 100% parte daquilo. Porque parte de mim já não sei mais daonde é, sei que é de bem longe, de um tempo que nem eu consigo me lembrar, mas que me dá uma sensação boa, de frio na barriga e me faz sentir especial quando tento me remeter a ele.
É estranho como sempre gostei de ter contato com os grupos “out”. Eu nunca quis ser “in”, sempre achei muito chato e sem graça. O que me atrai é o desvio, o diferente, a possibilidade de criar o novo e mostrar ao “in” que o “out” é muito mais do que ele. Talvez porque venha mesmo do “out” a possibilidade de transformação, por menor que ela seja.
Só que nessa brincadeira de alteridade, você às vezes acaba sem saber direito quem você é e o que você quer...
Sei que o importante é buscar o equilíbrio, coisa que é difícil para mim... sempre gostei de excessos e quando uma coisa que gosto muito começa, é difícil querer parar... muita música, muito risada, muita conversa, muita comida, muita bebida, muitos beijos. E quando estou no fundo do poço também. É preciso algo muito forte para poder me tirar de lá.
Mas é engraçado como essas pessoas às quais eu me ligo também são “out”. cada uma, a seu modo, não está satisfeita com o seu caminho percorrido, com o seu atual lugar no mundo. Sonham em melhorá-lo, em fazer algo por elas mesmas, mas que contribua para a mudança da situação.
Sonham, como eu, em largar tudo, sair por aí, pagar pra ver no que vai dar, vivendo da maneira que o momento proporcionar. E por que não nos juntamos e fazemos isso? Eu acho que se todos nós jogássemos nossos medos e receios no lixo e partíssemos pra vida com toda essa nossa vontade, formaríamos juntos um movimento “out” capaz de realmente fazer a diferença nesse mundo vendido.
É estranho como sempre gostei de ter contato com os grupos “out”. Eu nunca quis ser “in”, sempre achei muito chato e sem graça. O que me atrai é o desvio, o diferente, a possibilidade de criar o novo e mostrar ao “in” que o “out” é muito mais do que ele. Talvez porque venha mesmo do “out” a possibilidade de transformação, por menor que ela seja.
Só que nessa brincadeira de alteridade, você às vezes acaba sem saber direito quem você é e o que você quer...
Sei que o importante é buscar o equilíbrio, coisa que é difícil para mim... sempre gostei de excessos e quando uma coisa que gosto muito começa, é difícil querer parar... muita música, muito risada, muita conversa, muita comida, muita bebida, muitos beijos. E quando estou no fundo do poço também. É preciso algo muito forte para poder me tirar de lá.
Mas é engraçado como essas pessoas às quais eu me ligo também são “out”. cada uma, a seu modo, não está satisfeita com o seu caminho percorrido, com o seu atual lugar no mundo. Sonham em melhorá-lo, em fazer algo por elas mesmas, mas que contribua para a mudança da situação.
Sonham, como eu, em largar tudo, sair por aí, pagar pra ver no que vai dar, vivendo da maneira que o momento proporcionar. E por que não nos juntamos e fazemos isso? Eu acho que se todos nós jogássemos nossos medos e receios no lixo e partíssemos pra vida com toda essa nossa vontade, formaríamos juntos um movimento “out” capaz de realmente fazer a diferença nesse mundo vendido.
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