quinta-feira, 15 de julho de 2010

só eu, só isso...

encontros, esbarrões, separações
a vida segue pela cidade
em cartas, frases, desencontros, compromissos marcados e desmarcados
estilhaços de sentimentos espalhados, tristeza, solidão e sofrimento
que se fazem relembrar em alguns gestos desorientados
recordações de fases do sentir, que retornam a cada cena observada,
a cada linha lida de trechos de jornal, que agora se desfiguram ao se molhar
lágrimas que se misturam aos pingos da chuva
inverno dentro de mim

2 comentários:

AC disse...

É na profundidade do Inverno que começa a germinar a Primavera.

Bjs

Adoniran Leblon disse...

Sabe... fujo do assunto confessando meus devaneios: fiquei a pensar, no início desse post, no esmagador tamanho do mundo. Aí encho os pensamentos de cálculos e sacrifico a poesia, mas vale a curiosidade, creio... Só nesta grande megalópole são quase vinte milhões de pessoas, não é mesmo? Pois bem... Acontece que uma vida de 70 anos tem pouco menos de 26000 dias. Em um único dia da megalópole, 20 milhões de pessoas viveram um dia de histórias. É como se 20 milhões de dias tivessem sido vividos. Isso equivale aos dias de 783 vidas. Ou quase 33 vidas por hora. É esse o volume avassalador de verdades ao nosso redor: 33 VIDAS INTEIRAS acontecendo, por hora, só na grande mancha urbana e arredores. Histórias, descobertas, tristezas, saudades, gargalhadas, sonhos, sonos, sustos, criações, desânimos... O mundo é gigante. O mundo é gigante, gigante! Atonitamente gigante... Cheios de verões, primaveras, outonos, invernos, infernos e paraísos todos ao mesmo e um só tempo! Não sei você, mas eu me assombro. Me assombro...!