quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Não, ela não queria mais construir a imagem idealizada de um par perfeito...
Pra que, se definir é limitar? Não queria nem mais pensar como tinha que ser o cara ideal, como o conheceria, como seria o primeiro encontro, o primeiro beijo, o estar junto depois...

Não, isso só a cerceava, restringia suas possibilidades, limitava o livre desenrolar dos acontecimentos, impedindo a si mesma de ser surpreendida por seus próprios desejos

Quem saía perdendo era ela mesma
Percebia que já não queria mais controlar tudo o que sentia e desejar que tudo o que fosse acontecer se desse rigidamente conforme havia planejado e imaginado para si

Era preciso derrubar muros, desfazer pressupostos, baixar a guarda e soltar as armas
De repente, viu-se totalmente solta e entregue ao acaso... e era tão bom!

Caducar de certezas
Entendia agora os acasos, as paixões de cupido, os gostares sem sentido.
Daí concluía para si mesma que queria muito Ver, viver, sentir o desenlace daquela trama germinada

Para o bem ou para o mal, o resultado de tudo aquilo só poderia ser bom para ela mesma e para a sua vida

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