"Sou uma caminhante na estrada do aprendizado. Às vezes, exausta, eu paro
um pouquinho. Cuido das dores. Retomo o fôlego".
E não é, senão quando sinto dor, o momento em que mais reconecto-me comigo mesma? A dor me faz olhar para dentro, refletir sobre os meus atos, na tentativa de entender a sua causa e procurar evitar mais dores no futuro...
Sim, é a dor que faz parar o corpo e redirecionar o pensamento, que segue fluindo, mas não da mesma maneira. Pensamento que antes, só visava me guiar para atingir o objetivo que eu havia me colocado, agora, me faz, amparado pela dor, perceber que mais importante do que o objetivo, sou eu e no que consigo me tornar nesta caminhada.
E nesse 'olhar pra dentro', a dor do corpo acaba sendo o menos importante e o menos dolorida que a dor da alma, que nos faz perceber o quanto deixamos de cumprir com nós mesmos, o quanto nos deixamos pra trás, o quanto esquecemos de nós nessa caminhada.
Pela compaixão provocada em nós e pela vontade de fazer diferente é que conseguimos nos recuperar e seguir adiante, desta vez, mais fortalecidos e protegidos contra a dor gerada pelo nosso esquecimento de nós.
SP, 09/07/2013, com torcicolo.
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