sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Quero viver, quero ouvir, quero ver

quero viver em busca do que é verdadeiro,
agir e ser compreendida, percebida.

quero que meus atos penetrem na compreensão dos outros,
que mereçam uma contra-ação , uma reação,
mas que sejam executadas verdadeiramente,
sem parecer uma convenção simplesmente
ou um teatro mal disfarçado de marionetes.

sei que essa busca exige a potencialização de uma força interior
que sempre viveu à meia-luz, meio fraca,
como uma chama em seus últimos momentos.

mas é essa chama -a da intensidade - que tem que ser recuperada
para que cada momento possa ser vivido da forma mais digna possível
e possa ser recordado e refletido posteriormente
sem que a chama se apague.

preciso correr atrás de algum elemento combustível

2 comentários:

Caroline Tavares disse...

Às vezes o "gás" acaba mesmo. Mas quem tem essa chama, sempre encontra o novo combustível.
Às vezes a gente quer que o outro perceba e reaja a nós; outras vezes, a harmonia da coerência basta.
Beijo grande

Adoniran Leblon disse...

Caríssima pessoa desconhecida...

Concordo e discordo!

Concordo que exista um elemento combustível, algo com esse efeito catalizador, inflamante, algo que atua como espécie de causa primeira em nossas ações...

Mas não gosto da metáfora do combustível, pois parece que trata-se sempre de algo externo.

Minha discordância, contudo, é numa pequena nuance mesmo... Pois eu crer que possamos encontrar uma força motivadora dentro de nós mesmos não signica que devamos - nem mesmo que possamos - nos isolar. É só uma inversão na ordem das coisas...

Muitos vão ao mundo com sede desse "elemento combustível". Mas a melhor das experiências consiste em descobrirmos onde está o elemento combustível secreto que temos dentro da gente, e então sairmos ao mundo para distribuí-lo.

No mais... espero que suas perturbações nunca acabem - que apenas mudem em novas e novas descobertas.