Mexo, remexo sites da Internet,
abro e fecho a mesma janela várias vezes,
tento ler parágrafos de livros, notícias,
começo tarefas inacabadas,
à procura de uma novidade que me alheie de meus pensamentos.
Mas não adianta fugir de mim mesma, da ideia que bate e rebate em minha mente,
do sentimento de solidão e da falta de coragem de empreender algo sozinha.
Talvez coragem não seja a palavra certa. Trata-se mais de um desânimo em saber que ainda estou engatinhando com relação às sociabilidades.
É interessante como isto me causa mais vontade ainda de me fechar para o mundo,
como se não bastasse a situação que me prende em apuros.
Eu gosto da solidão. Mas às vezes o mundo te mostra que não falta nada.
O que falta é você, se abrir mais para ele, saltar a janela e ir a seu encontro.
E quando já tiver tudo misturado – sua vida, o mundo, as pessoas – e você não sentir mais vontade de separá-los, é que aí você pode ser pego de surpresa.
Ao querer reservar um tempo para pensar nas suas coisas, ao viajar com expectativas que não tem sentido, a não ser na sua cabeça, perceberá como estes momentos serão felizmente interrompidos pela presença dos outros em sua vida.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Retrato de uma terça de carnaval: entre o visto e o apreendido
À procura de uns sambas, topei com uma senhora - austera, imponente, mas aberta a perguntas. Era só chegar com jeito e começar a conversar para aquela austeridade toda se dissolver e se reverter em outra coisa.
Foi assim que comecei a viajar... percorrer suas ruas - as veias de suas entranhas, - reparar nos detalhes de seus prédios cuja diferença explícita compõe em seu conjunto uma paisagem lógica, com sentido, mas nem sempre tão compreensível para quem olha de longe, à primeira vista. Era como numa hipnose - quanto mais procurava entender o que estava vendo e achar o meu destino, mais me perdia e me fascinava com os labirintos que se formavam a minha frente. Até que desisti e me entreguei aos caprichos dos caminhos. Seriam eles que me conduziriam daqui pra frente - não qualquer caminho, mas aqueles que mexiam com meus sentidos, coisas que eu nem sei explicar como e por que.
E do mistério nasceu a sensação de que nesta cidade, como na vida, não basta saber, conhecer e seguir o que este conhecimento ou a experiência te diz. O interessante é se deixar levar pelo desconhecido (sim, aquela força que parece magnética, mas sem muita explicação física, mas sim energética), seguir aquilo que nos atrai e ver como isso se relaciona com o nosso contexto já pronto para criar uma outra realidade.
Agora, sei que saí, não buscando o carnaval, mas sim tentando retomar esses meus sentimentos mais curiosos, mais profundos por algo que ainda não sei bem o que e como é, mas que é preciso explorar para poder significar.
-------------
E no samba fez-se a alegria,
o convite da fantasia
sem querer, revelou-se a mim
que mal sabia, mas queria mesmo assim
Foi assim que comecei a viajar... percorrer suas ruas - as veias de suas entranhas, - reparar nos detalhes de seus prédios cuja diferença explícita compõe em seu conjunto uma paisagem lógica, com sentido, mas nem sempre tão compreensível para quem olha de longe, à primeira vista. Era como numa hipnose - quanto mais procurava entender o que estava vendo e achar o meu destino, mais me perdia e me fascinava com os labirintos que se formavam a minha frente. Até que desisti e me entreguei aos caprichos dos caminhos. Seriam eles que me conduziriam daqui pra frente - não qualquer caminho, mas aqueles que mexiam com meus sentidos, coisas que eu nem sei explicar como e por que.
E do mistério nasceu a sensação de que nesta cidade, como na vida, não basta saber, conhecer e seguir o que este conhecimento ou a experiência te diz. O interessante é se deixar levar pelo desconhecido (sim, aquela força que parece magnética, mas sem muita explicação física, mas sim energética), seguir aquilo que nos atrai e ver como isso se relaciona com o nosso contexto já pronto para criar uma outra realidade.
Agora, sei que saí, não buscando o carnaval, mas sim tentando retomar esses meus sentimentos mais curiosos, mais profundos por algo que ainda não sei bem o que e como é, mas que é preciso explorar para poder significar.
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E no samba fez-se a alegria,
o convite da fantasia
sem querer, revelou-se a mim
que mal sabia, mas queria mesmo assim
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Eparrei!
Um raio de sol,
um sopro do vento,
quem é a senhora
que é dona do tempo?
uma borboleta
a trouxe até mim
mensagens, recados e revelações
com eles, verdade o que eu sempre senti
inundando de amor o meu coração
Amor sem igual, sem tamanho,
sem nome e sem fim
gratidão por ter ao meu lado
uma companheira assim
"senhora do mundo dentro de mim"
E logo compreendi
que sua força também é a minha
e que meu bailado é parte do seu
sozinha nunca estarei
pois tenho a força que ela me deu
tempestades passarão,
mas não me farão pestanejar
sou muito protegida
pela minha mãe oyá.
Fé(licidade)
um sopro do vento,
quem é a senhora
que é dona do tempo?
uma borboleta
a trouxe até mim
mensagens, recados e revelações
com eles, verdade o que eu sempre senti
inundando de amor o meu coração
Amor sem igual, sem tamanho,
sem nome e sem fim
gratidão por ter ao meu lado
uma companheira assim
"senhora do mundo dentro de mim"
E logo compreendi
que sua força também é a minha
e que meu bailado é parte do seu
sozinha nunca estarei
pois tenho a força que ela me deu
tempestades passarão,
mas não me farão pestanejar
sou muito protegida
pela minha mãe oyá.
Fé(licidade)
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