(tem horas que) o universo ao meu redor
tenta me mostrar incessantemente do que sou feita
embora seja algo com o que eu tenda e possa me orgulhar,
nem sempre é fácil aceitar a sua própria alteridade perante outros tantos tijolos iguais na parede
Mas quando saio pelo mundo afora e ouço as conversas, observando as atitudes que – por mais que para mim soem mecanizadas demais – são inocentemente executadas por seus sujeitos, sinto um desconforto tremendo em pensar que a vida destas pessoas se resume a aquilo mesmo...
Longe de julgar o rumo que cada um toma para si, essas observações me ajudam a entender ainda mais a minha essência, pois percebo:
- o quanto me irrita ver pessoas vestidas praticamente iguais umas às outras – umas para as outras;
- com os mesmos aparelhos de telefone celular em mãos, postando mensagens, checando ininterruptamente outras;
- discutindo os mesmos assuntos de sempre e achando tudo o mais absolutamente normal
É aí que volto a mim, com a certeza de que ser a Claudia não é para principiantes – exige-se que se saia um pouco da rota traçada por todos, para poder ser e sentir-se melhor, íntegra, completa.
E isso nem todos querem (ou conseguem) compreender... não por sua própria culpa...
mas porque são realmente poucos os que pensam, sentem e agem como se o barato deste mundo fosse muito mais daquilo que as pessoas “normais” consideram existente...
3 comentários:
Ser Claudia é ser simplesmente doce, misteriosa, ingenua e ao mesmo tempo feroz, amiga, companheira,um extraterrestre em meio a tanta gente igual, enfim... Ser sempre vc,sem precisar mudar nada!
Atualmente, não é simples manter a singularidade e não ser engolido pelo processo estabelecido de homogeneização; dá trabalho e gera alguma angústia.
Muitas pessoas se quer percebem a possibilidade.
muito escorpiana...
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