segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Roda



Não é o não fazer, não é o fazer tanto
Tanto que às vezes é visto como nada
Que me tranquiliza

É simplesmente ter deixado de fazer o que não se queria
Longe do que não se suportava
Mais perto de si, do que se acredita

Tempo puro, devolvido a mim mesma
Liberta da tirania do presente que estou.
Tempo dos acontecimentos que se encaixam um outros mundos, realidades variantes, tempo que se comunica com outros presentes

E é nesse emaranhado, na coexistência que vejo
a roda da vida girando
A roda da fortuna girando
de fora
Esperando a hora certa de pular nela de novo
Esperando, desta vez, fazer com  que os acontecimentos que venham não sejam rebatidos apenas no presente que os atualiza, mas que variem nos distintos tempos e mundos da minha existência.